OR/AS: Análise da IGN Portugal

23-11-2014 09:05

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Bom dia pessoal!

Já todos devem ter conhecimento da análise que a IGN fez há uns dias acerca dos jogos Pokémon Omega Ruby e Alpha Sapphire. E também devem saber que classificação atribiuiu aos jogos e porquê.

Podem ver que os aspetos negativos dos jogos, segundo a IGN, são o facto de ter demasiados HMs e demasiada água. Bem... Podem ver a análise completa, realizada por Kallie Plagge da IGN, em inglês, aqui.

Agora o que venhor realmente trazer-vos é a análise da IGN Portugal, que atribuiu uma classificação bem diferente aos mesmos jogos. Fica abaixo, a análise realizada por Pedro Ferreira da IGN Portugal.

E chegou a altura do ano em que a nossa vida social muda, principalmente de intervenientes. É a altura de dispensar as horas com os companheiros de longa data, os seres humanos com quem partilhamos o mundo real, e voltarmos para a companhia daquelas criaturas que teimámos não querer largar. Talvez por nos entendermos de forma diferente, não fazemos uso da conversa, sabemos que essa não é a base para a compreensão entre estas figuras ternurosas e o responsável por mantê-las aconchegadas numa bola, fazendo valentes correrias até uma espécie de clínica quando algo mais trágico acontece.

 

Em apenas um parágrafo resumi os meus últimos quinze anos de vida, onde os almoços natalícios não eram passados à volta de uma mesa familiar repleta de doces e diversão, mas sim numa lareira, também ela doce, de consola na mão e um par de pilhas do meu lado não fosse o diabo tecê-las. Por momentos sentia-me o centro das atenções, com primos à minha volta, roídos de inveja, pois uma amizade com Pikachu era sempre mais importante que umas rabanadas ou pão-de-ló que a minha avó preparava com todo o amor e compaixão que tinha pela sua família.

 

Pois bem, era esse amor e compaixão que me consumia dali para a frente, todo ele familiar, mas não pela maravilhosa família que nos foi dada, mas sim aquela que escolhemos e aumentamos hora após hora, registada sempre pela PokéDex oferecida pelos vários “Professores” ano após ano. Mas isto já sou eu a divagar, envolto num mar de recordações e nostalgia, recordando como o tempo passa.

 

E talvez o sentimento mais presente nesta nova versão Pokémon será a já falada nostalgia. Omega Ruby e Alpha Sapphire voltam à “velhinha” região de Hoenn, respondendo ao que a indústria tem tratado como "tu": remakes e remasterizações. Uma transposição para a Nintendo 3DS do território introduzido pelos títulos de 2003, Sapphire e Ruby, com gráficos 3D vibrantes e uma reformulada e agradável banda sonora em todos os pontos do “novo” mapa, mesmo quando nos sentamos na acrobática ou rapidíssima bicicleta.

 

A GameFreak utiliza a mesma fórmula durante anos e anos, acrescentando sempre alguns valores à equação. Matematicamente falando, foi no antecessor que a “fórmula resolvente” deixou de ser usada no secundário e passou a ter lugar cativo na universidade. Quero com isto dizer que foi em X e Y que a franquia deu um passo gigante no combate à rotina que a série começava a enfrentar, tendo a preciosa ajuda do sistema 3D da consola da Nintendo.

 

Começamos a campanha com a escolha da nossa personagem e com um pequeno retrocesso na série: a incapacidade de personalização daquele bonequinho que estará sempre no centro do nosso ecrã. Esta funcionalidade estreou-se com Pokémon X e Y mas retirada logo no título seguinte, estando apenas disponível a escolha do género da personagem. Talvez por ser um remake do jogo, a GameFreak não quis mudar o conteúdo original, o que neste caso foi uma desilusão tremenda.

 

Em OR e AS a história começa exatamente da mesma maneira como nos antigos Ruby e Sapphire. Prestes a mudar de casa, para a pacata vila de Littleroot, o nosso objetivo introdutório é escolher o parceiro para dar início à aventura, com uma pequena mudança: os ténis que nos permitem correr já estão ajustados aos nossos pés. E é com a entrada nos primeiros arbustos que sentimos realmente que está prestes a começar a longa jornada na coleção das medalhas e Pokémons. Quanto à escolha do Pokémon, nada muda em relação aos títulos anteriores, o nosso parceiro/rival escolherá sempre o tipo mais eficaz comparativamente à nossa escolha.

 

E começamos logo com novidades. Desta vez os Pokémon não se encontram apenas escondidos nos arbustos, sem sabermos a sua identidade. Com a ajuda do ecrã inferior da consola e de um aviso sonoro caraterístico da funcionalidade, somos avisados que um Pokémon está por perto, mostrando parte do seu corpo nos arbustos, para onde teremos que caminhar muito devagar se o quisermos apanhar. A recompensa, se a tarefa for concluída com sucesso, estará no nível do Pokémon, sendo sempre superior ao que normalmente encontrámos nessa zona. Esta nova funcionalidade, com o nome de “Sneaking”, ajuda-nos quando procuramos uma criatura em específico.

 

Nesse mesmo ecrã e aplicação, encontramos informação acerca dos Pokémon que aparecem na zona onde estamos, bem como o que nos falta apanhar nessa zona (desde que as criaturas tenham sido já avistadas). Será simbolizado com um pequeno símbolo se a conquista de todos tenha sido efetuada. É uma boa simplificação de processos, pois a ida à PokéDex para ter a certeza onde apanhar um determinado monstrinho torna a resposta mais morosa.

 

A parte inferior do ecrã contém as já conhecidas aplicações do antecessor de OR e AS. Para além da funcionalidade descrita acima, podemos acrescentar o mapa da região, a PokéDex, uma aplicação televisiva onde podemos visualizar as novidades do mundo Hoenn e três aplicativos num só: o PSS, onde podes encontrar jogadores online para batalhar; o Pokémon-Amie, para interagires com os teus Pokémon, fortalecendo os laços criados entre treinador e criatura que irão refletir-se no campo de batalha (mais ataques críticos e desvio de ataques); e o Super Training, permitindo aumentar os atributos básicos como Defesa, Ataque, Velocidade, entre outros.

 

Durante a perseguição aos oito ginásios à procura do título de melhor treinador de Pokémon, somos envolvidos numa narrativa cativante, ao bom estilo da franquia, repleta de peripécias e confusões, todas elas criadas pela organização Team Magma ou Team Aqua, dependendo da versão jogada. Cada elemento desta corporação toma o papel de antagonista na história, oferecendo combates atrás de combates sem fim à vista.

 

A narrativa tem um princípio, meio e fim linear. Quero com isto dizer que não vamos ter poder de decisão no decorrer dela, as nossas escolhas são mínimas e não mudam o rumo dos acontecimentos, fazendo juz a todos os seus antecessores. Todas as escolhas recaem na rápida conquista das medalhas, na longa jornada para completar a PokéDex, no sistema de batalhas ou então nos concursos de beleza.

 

Exatamente! Os concursos de beleza regressam à franquia e pela primeira vez em formato 3D. Certamente que a maioria dos fãs não deverá dar grande ênfase a estes concursos, mas ainda assim, estes representam uma forma interessante de os jogadores fugirem à rotina de combates. Estão divididos em cinco categorias diferentes (Coolness, Beauty, Cuteness, Cleverness e Toughness), permitindo que todos os Pokémon, sem exceção, participem nos concursos. E, desde já adianto, nestes concursos tudo é pensado ao mais ínfimo pormenor. No primeiro que participam, ou melhor, que são obrigados a participar, terão uma agradável e adorável surpresa.

 

Em Pokémon X e Y foi introduzido um elemento de batalha que pode, por si só, significar a vitória. Este não foi esquecido no remake de Ruby e Sapphire. Os Pokémon podem usufruir das Mega Evoluções, uma nova evolução para os Pokémon, que chegavam à sua última forma entre os níveis 30 e 40. Estas evoluções podem ser utilizadas apenas em combate, concedendo à criatura um aumento de força. Em cada batalha apenas um Pokémon pode ser evoluído, tornando o desenrolar mais tático e complexo. Nem todos os Pokémon usufruem desta Mega Evolução e só a conseguem completar se carregarem uma pedra específica em combate.

 

Mas as novidades não ficam por aqui. Está de volta mais um elemento introduzido no velhinho jogo de 2003. As bases secretas, ou as Super Secret Bases, permitem que criemos um esconderijo para torná-los numa espécie de casa, decorando ao nosso gosto, podendo mais tarde serem partilhadas com outros jogadores através do StreetPass. Também referir que os Poké Center e Poké Mart voltaram à sua forma original, mudando o que foi introduzido em X e Y onde se encontravam juntos num só edifício. E para finalizar, Mega Larios/Larias permitirá o voo livre por toda a região de Hoenn através de uma nova habilidade, e exclusiva destes Pokémon, o Soar, completamente diferente do que estamos habituados a ver na série, através do Hm 2 - Fly.

 

VEREDITO

Durante todos estes anos, este foi o presente que mais vezes figurou à sombra da minha árvore de natal. Embora a indústria aposte cada vez mais na remasterização/remake, a GameFreak provou que estas podem carregar novidades e mudanças em relação à obra original. Com OR e AS sabemos que a série caminha na direção certa e traz, como sempre, a garantia de dezenas de horas de jogo nostálgicas e divertidas.

Ora, depois desta análise...

E, segundo a análise da IGN Portugal, Pokémon Omega Ruby e Alpha Sapphire são jogos muito bons.

Também podem ver a análise no site da IGN Portugal, aqui.

Fonte: IGN Portugal

~pokenavegador

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